Casos graves de corrupção na função pública, assassinatos de agentes da PRM e má gestão de recursos humanos têm marcado negativamente o distrito de Mecanhelas, na província do Niassa, norte de Moçambique, de acordo com autoridades e residentes.
Durante a apresentação do novo administrador distrital, José Abibo Yassine, foi revelado publicamente pelo secretário do Estado, Silva Livone, que a contratação de funcionários mediante subornos tornou-se prática comum em diversas instituições do Estado. Esta realidade tem comprometido significativamente a qualidade do serviço prestado à população, uma vez que muitos servidores públicos entram para o quadro sem mérito, nem vocação para a função.
“Funcionários contratados por via de pagamentos ilegais tendem a faltar ao serviço, maltratar os cidadãos e agir com irresponsabilidade. O prejuízo recai directamente sobre a população”, lamentou o dirigente na cerimónia.
Outro problema que veio à tona é a crescente violência contra membros da Polícia da República de Moçambique (PRM). Registam-se casos em que agentes foram assassinados por cidadãos que alegam maus-tratos, corrupção e abuso de poder por parte da corporação.
Apesar das queixas populares, foi feito um apelo para que a população use meios legais e pacíficos para denunciar abusos policiais, desencorajando a justiça pelas próprias mãos.
Os residentes e
autoridades da província esperam que, sob nova liderança, o distrito de
Mecanhelas conheça uma viragem positiva na governação local, com maior
transparência, justiça e responsabilidade social. (Jaime
Paculeque)
0 Comments