No coração de Lichinga, o mercado de Chuala pulsa com vida, comércio e
tradição. Mas por entre as bancas de frutas, roupas e peixe seco, cresce
silenciosamente um problema que ameaça a saúde pública e a dignidade daquele
espaço: o lixo. Em cada canto, sacos plásticos, restos de alimentos e
embalagens descartadas formam um cenário preocupante de abandono.
A acumulação de resíduos é constante e parece ter-se tornado parte da
paisagem. Os comerciantes convivem diariamente com o mau cheiro, os insectos e
os riscos de doenças, enquanto os clientes, em busca de produtos frescos e
acessíveis, circulam entre montes de lixo que muitas vezes bloqueiam passagens
ou se misturam aos produtos à venda.
A falta de contentores adequados, de recolha regular e de uma política
eficaz de gestão de resíduos contribui para este quadro. Além disso, a ausência
de uma consciência ambiental sólida entre muitos vendedores e consumidores
perpetua práticas como o descarte aleatório e a queima de lixo a céu aberto.
O florescimento do lixo no mercado de Chuala não é apenas um reflexo da ineficiência dos serviços públicos, mas também um apelo urgente por mudança. É preciso unir esforços entre autoridades municipais, comerciantes e a comunidade para transformar este espaço vital da cidade num ambiente limpo, seguro e digno para todos. Mozanorte
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