Suposto Capitão das Forças Especiais detido em Cabo Delgado

Alega-se que colabora com grupos terroristas naquela província do norte de Moçambique. 

Chitunda, Cabo Delgado – 02 de Maio de 2025 O Capitão que supostamente responde por Chabane Saide Niquere, de 53 anos, pertencente à Escola de Formação de Forças Especiais de Nacala, foi neutralizado pela Força Local no posto administrativo de Chitunda, distrito de Muidumbe, sob fortes suspeitas de envolvimento com grupos terroristas. 

A detenção sem mandato legal ocorreu quando o oficial transportava, em sua viatura, 20 indivíduos oriundos de Nacala Porto, província de Nampula, com idades entre 19 e 29 anos.

Segundo informações em circulação nas redes sociais, os indivíduos são suspeitos de integrar células terroristas activas em Cabo Delgado. 

Após a intercepção, tanto o capitão quanto os suspeitos foram encaminhados ao Comando da Força Local em Mueda, onde estão a ser interrogados.

Alega-se aina que o histórico do Capitão Chabane levanta sérias preocupações. Após ter servido no Teatro Operacional Especial de Afungi (Palma), ele nunca retornou à sua unidade de origem e passou a operar no transporte informal entre Nacala e Palma.

Os relatos das redes sociais, afirmam que os registos apontam que já havia sido advertido anteriormente por transportar indivíduos suspeitos, mas não apontam que fez advertência.

Durante os primeiros interrogatórios, oito dos detidos alegaram estar a caminho de Mocímboa da Praia e Palma para exercerem actividades pesqueiras, apesar de não terem qualquer ligação familiar na região e afirmarem que estavam em Cabo Delgado pela primeira vez.

Alegadamente uma análise preliminar de inteligência sugere que o tal capitão Niquere actuou como colaborador dos insurgentes, desempenhando um papel no recrutamento de jovens na província de Nampula. Contudo, não há mais evidências sobre a acusação.

Há indícios de que fornecia informações sensíveis sobre o posicionamento das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em troca de compensações financeiras elevadas, também sem muitas informações factuais.

Fontes militares comentam que o capitão utilizava fardamento oficial para enganar os postos de controlo, aparentando estar em missão legítima. Porém, as investigações prosseguem no sentido de apurar o grau de envolvimento do militar e dos detidos com as redes terroristas que operam na região. (Mozanorte)




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