E exige que Kayne
Construções, Lda devolva 5.949.610,12 meticais após abandono de obra de casa de
banho escolar
A empresa Kayne Construções, Lda – Obras Públicas e Consultoria está a ser cobrada pela população do posto administrativo de Murrebue, no distrito de Mecúfi, pelo abandono das obras de construção de uma casa de banho escolar, no âmbito dos projectos de resposta à pandemia da COVID-19. O valor adjudicado para a empreitada foi de 5.949.610,12 meticais.
Segundo o Presidente do Conselho da Escola, Amade Daudo, até ao momento, alunos e professores continuam sem acesso a latrinas, o que ele considera uma necessidade essencial em qualquer instituição de ensino.
“O empreiteiro iniciou as obras no dia 28 de outubro de 2022 e devia entregá-las em 2023. Quando já estava quase a concluir, abandonou o trabalho sem se despedir de ninguém”, afirmou Amade Daudo.
O caso está a preocupar também a sociedade civil. Para o Coordenador Executivo da Associação para a Democracia e Boa Governação, João Pedro, o governo deve responsabilizar a empresa e assegurar a conclusão da obra.
“O governo conhece o empreiteiro, por isso o contratou para aquela obra. É doloroso ver um aluno que, ao querer se aliviar, tem que voltar para casa. Isso não pode acontecer”, disse João Pedro.
Não foi possível ouvir a reacção da empresa, uma vez durante o trabalho de monitoria não estava no terreno.
A Escola Básica de Murrebue tem atualmente 37 turmas, das quais 17 leccionam ao ar livre. A instituição atende 2.912 alunos, sendo 1.151 raparigas e 1.761 rapazes, e conta com 47 professores. Os estudantes vêm não só da sede do posto administrativo, mas também das aldeias de Muripa, Sicura e 3 de Fevereiro. Abel Buruhane
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