A população do distrito de Palma está desesperada com a forma como a empresa TotalEnergies, instalada em Afungi, tem se comportado em relação às comunidades que vivem ao redor de Afungi e de Palma em geral, sabendo que estas são as legítimas proprietárias das terras que a empresa está a explorar dia após dia.
A partir de ontem, dia 27 de novembro de 2025, no distrito de Palma, mais precisamente em Afungi, antigos trabalhadores de várias empresas concentraram-se nos quatro caminhos, junto ao portão da TotalEnergies, para reivindicar os seus direitos, incluindo indemnizações ou, pelo menos, o pagamento de vários meses de salários em atraso.
Depois de terem sido expulsos, os seus postos foram ocupados por pessoas provenientes de outras províncias. Alguns trabalhadores afirmam já ter completado dois anos sem receber os salários correspondentes aos meses trabalhados, nem qualquer indemnização, motivo pelo qual decidiram bloquear as estradas que dão acesso às instalações de Afungi.
O bloqueio iniciou-se ontem e, até hoje, dia 28, continua, com os manifestantes determinados a mantê-lo até receberem os valores em dívida. As forças de defesa e segurança estão no local para controlar a movimentação, mas não para impedir as pessoas de reivindicarem os seus direitos.
Segundo as nossas fontes, mais de 80 trabalhadores ainda não foram indemnizados. Na manhã do dia 28, os antigos trabalhadores receberam reforço da população da vila-sede do distrito e de várias aldeias vizinhas de Afungi, como Maganja, Senga, Quitunda, entre outras.
Até ao momento, nenhum representante da TotalEnergies, nem do governo distrital, se pronunciou sobre as reivindicações dos cidadãos que permanecem em frente às instalações da empresa em Afungi.
Troncos foram colocados ontem nas estradas de Palma e de Quitunda, nos quatro caminhos, e continuam no local juntamente com as pessoas que os colocaram. Muitos residentes de Palma apoiam a decisão dos manifestantes, alegando que a empresa está a brincar com as famílias e com a vida dos habitantes de Palma.
Alguns afirmam ainda que, se a situação continuar como está, poderão surgir consequências ainda mais graves. (BP)
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