A relação sexual ou não de militares ruandeses com mulheres locais em Cabo Delgado está a ser debatida em algumas redes sociais sobretudo por pessoas do norte de Moçambique.
Enquanto uns acreditam que os ruandeses poderão deixar filhos nos distritos onde estão em missão, outros dizem que têm uma rígida disciplina que os afasta do envolvimento com mulheres civis.
"Ao contrário de algumas percepções populares, militares ruandeses destacados em Cabo Delgado têm ordens claras e rígidas", disse um interveniente apontando que "não manter qualquer tipo de relação íntima ou social com civis locais", é um obrigação daqueles militares.
"Os soldados do Ruanda operam sob regras extremamente restritivas que visam garantir a sua disciplina e foco no combate ao terrorismo", disse outro.
"Conheces algum militar ruandês que tenha feito filho aqui em Cabo Delgado? Eu não conheço nenhum", disse o mesmo debatedor.
"Esses homens não andam sozinhos, não dormem fora do quartel e não bebem em bares. É por isso que em Mocímboa só existe único um ʺbottleʺ pertencente à um ruandês. E mesmo essa, é excepção."
Comparações com outras forças destacadas na região, como a SAMIM (Missão da SADC em Moçambique), são inevitáveis. Enquanto alguns soldados da SAMIM chegaram a arrendar casas nos bairros e integraram-se em parte do convívio local, os ruandeses mantêm uma postura quase robótica.
“Dizem até que todos têm chips nos corpos e nos celulares. Lá tudo é controlado”, acrescenta a fonte.
A presença militar do Ruanda em Cabo Delgado, iniciada em 2021, tem sido frequentemente elogiada pela sua eficácia na recuperação de zonas críticas dominadas por insurgentes. A disciplina tida como "milimétrica" é, segundo muitos, uma das chaves do seu sucesso.
"Esses militares são diferentes", conclui o morador. “Quando é hora da rendição, vão à base, trocam de uniforme, mudam o óleo, como se fossem máquinas. Não há margem para brincadeira.” Mozanorte
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