Por: Mozanorte
Populares do distrito de Balama, no sul da província de Cabo Delgado, afirmam que a Força de Intervenção Rápida (FIR) não está a cumprir o seu papel de proteger a população.
A denúncia foi tornada pública no dia 6 de outubro, após um incidente ocorrido na noite anterior, domingo, 5 de outubro, quando três membros da FIR terão invadido uma residência no bairro de Quionga, próximo ao centro da vila, alegadamente com a intenção de roubar motorizadas.
“Estávamos a dormir no meu quintal com alguns deslocados vindos da aldeia de Mpaka. As motas estavam na varanda, e um deles tentou levá-las. Eu apercebi-me do movimento estranho, questionei o que se passava e eles fugiram”, relatou uma das vítimas.
De acordo com a mesma fonte, após os agentes abandonarem o quintal, ele decidiu segui-los e continuar a interpelá-los, momento em que foi ameaçado com uma arma, tendo fugido de volta para casa por questões de segurança.
“Na manhã do dia 6, encontramos um dos membros da FIR a dormir numa casa vizinha. A seu lado estava a arma e, do outro lado, uma garrafa de álcool. Peguei na arma e levei-a ao Comando da PRM”, acrescentou.
Diante desse episódio, os residentes de Balama acusam elementos da FIR de estarem a contribuir para a instabilidade na região. Para os populares, além dos insurgentes que já afetam negativamente os distritos e a província, existem agora também agentes da FIR que, em vez de proteger, agravam a insegurança local.

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