Grupo de dez ou mais insurgentes voltou a manifestar-se publicamente no distrito de Mocímboa da Praia, através de uma convocação dirigida à população muçulmana local, na qual apela à adesão à sua causa armada, mesmo ciente que está difícil acatar-se.
A mensagem, com forte conteúdo religioso, volta a declarar guerra ao que chamam de "governo dos descrentes", e reforça a rejeição às autoridades moçambicanas e forças estrangeiras destacadas na região.
A comunicação divulgada nas redes sociais pelos residentes aconteceu numa mesquita no bairro Nabubussi, na noite desta terça-feira, 7 de outubro.
Os insurgentes classificam o conflito em curso como uma guerra religiosa, afirmando que lutar "pela causa de Deus" é um dever de todo muçulmano, homem ou mulher. Rejeitam qualquer tipo de envolvimento com processos democráticos, como eleições ou diálogo com o Estado, considerando essas acções como traição à fé islâmica.
Além disso, os insurgentes condenam a colaboração da população com forças de defesa, nomeadamente do Ruanda ou de outros países, acusando-as de perseguirem muçulmanos e ameaçando represálias contra civis que colaborem com o governo ou com as missões militares na província.
Os dizeres, carregados de linguagem radical e convocatória ideológica, apela ainda ao sacrifício individual e apresenta a luta armada como único caminho legítimo para a justiça e paz na região. A mensagem foi dirigida principalmente à juventude muçulmana, incitando ao recrutamento e entrega total à causa. (Mozanorte)

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