A empresa Kenmare, situada em Moma, tem enfrentado desafios crescentes na
protecção de seus bens, levando à implementação de novas medidas para as forças
de defesa e segurança que atuam na região.
Desde a sua chegada, a Kenmare solicitou apoio policial e militar, mas a
situação se tornou cada vez mais complicada para os agentes encarregados da
segurança.
Recentemente, a Mozanorte relatou que a empresa reduziu o número de postos de trabalho dos policiais e militares, com o objectivo de melhorar o controle das operações.
Cada posto agora conta com apenas dois agentes, uma decisão que não trouxe
os resultados esperados. A falta de efectivo tem resultado em dificuldades
significativas, pois os novos postos são extensos e insuficientemente cobertos
pela equipe disponível, de acordo com relatos internos.
"Os agentes têm enfrentado altas taxas de baixas, uma vez que os
criminosos parecem estar monitorando os movimentos dos policiais. Enquanto
estes realizam patrulhas em uma área, os ladrões aproveitam para agir em
outra", disse um agente.
"A situação é alarmante e nos últimos dias, seis agentes foram
expulsos devido a roubos ocorridos sob sua supervisão. A política da Kenmare
exige que os agentes que não conseguem proteger adequadamente o posto sejam
dispensados, gerando tensões entre os policiais e seus superiores", anotou
a fonte.
"Adicionalmente, a presença de seguranças civis da empresa nos mesmos
postos tem gerado controvérsias. Embora esses seguranças não sejam sujeitos às
mesmas penalidades que os policiais, há relatos preocupantes sobre a conivência
entre eles e os criminosos", disse mais.
"Em um incidente recente, agentes encontraram cinco pessoas vestidas
com fardas da empresa durante uma patrulha, esses indivíduos se apresentaram
como responsáveis pelo posto antes de saquear o local, relatou um outro agente
das FDS.
"A situação se torna ainda mais crítica com as acusações de que alguns
vigilantes mantêm contacto directo com malfeitores e até participam de
atividades ilícitas durante seus dias de folga. Se essa tendência continuar, é
provável que em breve não haja efectivos suficientes para garantir a segurança
da Kenmare", observou o mesmo agente.
Os agentes de segurança estão apelando à alta administração da empresa e
das forças armadas para que revejam essas medidas e abordem as preocupações
emergentes sobre a segurança nas operações diárias. A pressão está aumentando à
medida que a confiança nas estruturas actuais se deteriora. (BP)
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