FDC celebra 30 anos reiterando compromisso na luta contra a malária em Moçambique

 

A Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) celebrou, no dia 25 de abril, os seus 30 anos de existência, reiterando o seu compromisso com a saúde pública em Moçambique, especialmente no combate à malária, uma das doenças que mais preocupa as autoridades sanitárias do país.

A data coincidiu com as comemorações do Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado sob o lema: “Malária Fora! É tempo de reinvestir, inovar e renovar os compromissos”.

A ocasião serviu para reconhecer os esforços nacionais e locais na prevenção e controlo da malária, doença que continua a afectar significativamente a população moçambicana, sobretudo as mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos.

Segundo Inoque Carlos, representante da FDC em Cabo Delgado, apesar dos avanços registados, a malária ainda representa uma das principais ameaças à saúde pública no país. “Em Moçambique, cerca de 77% da população vive em áreas com incidência de malária superior a 100 casos por mil habitantes”, destacou.

De acordo com dados apresentados, em 2021, 23% das consultas externas e 9,5% das internações hospitalares foram motivadas por casos de malária. Inoque sublinhou que a doença agrava as desigualdades sociais e económicas, afectando sobretudo comunidades vulneráveis.

Apesar dos desafios, Moçambique registou uma redução de 64% na mortalidade por malária entre 2017 e 2021, graças aos esforços de prevenção e tratamento.

“A nossa visão é de um país livre da malária, com comunidades capacitadas e bem informadas para se protegerem da doença”, disse.

Para alcançar esse objectivo até 2030, o Governo e os seus parceiros definiram metas claras, como garantir que pelo menos 85% da população tenha acesso à informação e utilize correctamente os métodos de prevenção.

A FDC tem desenvolvido diversas acções em Cabo Delgado, como o treinamento de voluntários, líderes religiosos e professores para liderar diálogos comunitários sobre prevenção da malária, visitas domiciliárias, palestras, distribuição de redes mosquiteiras e administração de medicamentos.

“A malária tem impacto directo na produtividade, no absentismo escolar e no crescimento económico. Por isso, é fundamental continuar a investir em acções de sensibilização e protecção das comunidades”, concluiu Inoque Carlos. (Abel Raibo)

 



 

 

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