A escolta de Silva Macua a Awassi começou devido aos frequentes sequestros que ocorriam no troço entre Mueda e Macomia, onde comerciantes e agentes económicos da província de Cabo Delgado, especialmente do distrito de Mueda, eram alvos enquanto se deslocavam para fazer compras nas cidades de Pemba e Nampula, no norte de Moçambique.
O grupo que parte da localidade de Awassi em direção a Macomia sai por volta das 8 horas, assim como o grupo de Silva Macua para Macomia. No entanto, nos últimos dias, a organização tem falhado: muitas viaturas já não aguardam pela escolta. Basta chegarem aos pontos de concentração de carros e seguem viagem sem respeitar a fila de espera.
Os motoristas, ao chegarem aos postos de controlo, são mandados parar e questionados sobre o motivo de não aguardarem a escolta. Contudo, o assunto raramente gera complicações, pois já é do conhecimento geral entre os condutores que, para seguir viagem sem a escolta, é exigido o pagamento de um valor mínimo de 200 meticais.
As cobranças, porém, começam ainda nos pontos de partida, onde alguns carros são autorizados a seguir viagem mediante o pagamento de um valor. Este caso foi confirmado por um dos nossos membros da Mozanorte, há dois dias, no controlo de Macomia, quando viajava a partir de Palma. Nesse dia, os agentes da PRM que estavam de serviço retiveram a viatura por cerca de 30 minutos, alegando que o motorista e o cobrador não tinham "nada" (nenhum valor para oferecer).
Após esse tempo, o cobrador solicitou 200 meticais aos passageiros para que o carro pudesse seguir viagem. A informação foi confirmada posteriormente pelo próprio motorista, que relatou o mesmo tipo de comportamento por parte dos agentes da PRM nos postos de controlo e durante a escolta naquela via.
Actualmente, quando a escolta é organizada para esses destinos, são poucos os carros que ainda participam. (BP)

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