Professores de alfabetização em Liupo recebem salários de cinco meses

 


Muitos professores de alfabetização no distrito de Liupo, província de Nampula, já começaram a dar aulas após o pagamento de cinco meses de salário referente ao ano de 2025, apurou o Mozanorte.

Os contratos foram assinados em abril deste ano, mas muitos docentes de adultos não iniciaram as aulas anteriormente devido a salários em atraso referentes a dois anos, que ainda não foram pagos até agora.

No distrito de Liupo  especialmente em localidades como Kululo, Muanhapo, no posto administrativo de Quinga, entre outras zonas o programa de alfabetização tem beneficiado muitas pessoas, principalmente aquelas com idade avançada que não tiveram oportunidade de aprender a ler e escrever na juventude.

Segundo uma fonte local, que também já começou a lecionar na escola para a qual foi destacado, o governo ainda deve salários acumulados de dois anos. O pagamento referente a cinco meses foi efetuado apenas em setembro, embora os contratos tenham sido assinados em abril. 

O contrato actual tem duração de sete meses, e havia a promessa de que, a cada mês, seriam pagos também salários em atraso dos anos anteriores o que, até agora, não aconteceu.

Após as promessas feitas pelo governo distrital no momento da assinatura dos contratos deste ano de que os pagamentos incluiriam os valores em atraso muitos professores ficaram esperançosos. Alguns iniciaram as aulas logo após a assinatura, enquanto outros optaram por esperar.

Em 2025, segundo a mesma fonte, o Ministério da Educação no distrito de Liúpo deve aos professores apenas dois meses de salário referentes ao contrato atual, já que cinco meses foram pagos no mês passado. 

No entanto, permanece a dívida dos anos anteriores, sem qualquer previsão de regularização.

Os professores de alfabetização do distrito afirmam já não ter esperança de recuperar os salários em atraso dos anos anteriores. Alguns disseram que vão aguardar uma posição do governo até o próximo ano.

Caso a situação não seja resolvida, ameaçam não assinar novos contratos no distrito. A informação foi partilhada por um colaborador anónimo no posto administrativo de Quinga. (Mozanorte)

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