Foi por isso que foram sem sucesso exigir respostas ao Governador da província de Cabo Delgado, mas o sistema de segurança os inibiu
Mais de cem candidatos às Forças Armadas de Defesa de Moçambique apontam haver irregularidades no processo de recrutamento para o serviço militar obrigatório.
Por isso, nesta semana, pelo menos 118 jovens aspirantes à soldados, mesmo em tempo de insurgência na província, amotinaram-se na segunda-feira 12, em frente ao gabinete do Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo para pedir explicações sobre o processo de recrutamento militar.
Os jovens afirmam ter sido recenseados em anos anteriores e esperaram pacientemente pela sua inclusão nas fileiras das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), mas a meio de tudo há quem exige dinheiro para irem cumprir aquele dever patriótico.
Foi por isso, um protesto ganhou força após a recente mobilização de um novo grupo de recrutas para os centros de formação militar, sem que os manifestantes fossem convocados.
Alguns dos jovens relatam ter pago subornos a um suposto funcionário do Centro Provincial de Mobilização e Recrutamento, com valores que variam entre, três, cinco, vinte e um e 25 mil meticais, na esperança de garantir a sua incorporação.
No entanto, em público houve reacção oficial do chefe das Relações Públicas no Centro Provincial de Recrutamento e Mobilização Daniel Tangasse, que afirmou que tal funcionário é um ex militar, mas nunca foi e nem representa aquela instituição.
Este fez saber que o ingresso no serviço militar obrigatório em Moçambique cuja inspecção terminou recentemente não se paga e apela que os jovens se informem junto daquele sector em caso de dúvidas.
Mozanorte apurou que os
jovens que pagaram para serem seleccionado para o Serviço militar obrigatório,
na sua maioria são aqueles que terminaram a décima segunda classe ou mesmo
nível superior ou ainda outro nível de formação e que não têm ainda o acesso ao
emprego. (Mozanorte)
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