Aqueceu na ilha do Ibo: População denuncia corrupção policial e organiza dinheiro para expulsar agentes acusados

 

Cansados de alegados abusos e actos de corrupção protagonizados por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), moradores do distrito insular do Ibo em Cabo Delgado tomaram uma atitude inusitada e simbólica: organizaram uma colecta comunitária para custear a saída de três membros da corporação, incluindo o comandante local, Benjamim, acusados de má conduta.

Segundo relatos de residentes, os agentes em causa têm sido alvo de acusações graves por parte da juventude local. Alegadamente, os polícias circulam durante a noite nas comunidades, entrando em residências de jovens sob pretextos não justificados e exigindo dinheiro de forma coerciva.

 

“Está-se a viver mal aqui. Os polícias entram nas casas à noite e tiram dinheiro sem explicações. Já não aguentamos”, relatou um jovem, sob anonimato, temendo represálias.

Indignados com a situação, os jovens da vila organizaram um comício popular, onde decidiram contribuir colectivamente com um valor monetário destinado a pagar a deslocação dos agentes envolvidos para fora da ilha.

A iniciativa, apesar de informal, revela o nível de descontentamento da população em relação ao comportamento de certos elementos da PRM destacados na zona.

“Já que não querem sair, vamos pagar a passagem para que saiam. Aqui não há boleia de graça para corruptos”, afirmou um dos organizadores do protesto.

O Administrador do Distrito, Amisse Nchamo, foi informado sobre a situação e prometeu trabalhar para a resolução do da preocupação.

Amisse Inchamo, disse que está a trabalhar para o fim da prática mas explicou aos presentes no comício que ele não tem competência de transferir ou devolver o comandante ao comando Provincial da PRM. MOZANORTE

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