O UNICEF expressa uma profunda preocupação diante do recente aumento de casos de raptos de crianças por Grupos Armados Não Estatais na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
O episódio mais recente, que tira alegria ao UNICEF, envolveu o sequestro de sete rapazes na aldeia Mumu, distrito de Mocimboa da Praia no passado dia 23 de Janeiro.
"Este tipo de violência não apenas rouba a infância dessas crianças, mas também as força a assumir papéis em conflitos armados, colocando em risco suas vidas e seu bem-estar".
Por isso, aquela instituição de Nações Unidas apela para que sejam libertas "O UNICEF apela urgentemente pela libertação imediata das crianças raptadas e pela cessação desses actos brutais, que são graves violações dos direitos humanos".
Em resposta ao aumento alarmante dos raptos, a organização está intensificando suas actividades de protecção, buscando prevenir o recrutamento e uso de crianças em conflitos.
Contudo, para que esses esforços sejam efectivos, é essencial um apoio adicional e sustentado, já que as iniciativas actuais enfrentam desafios de financiamento. A situação exige uma mobilização colectiva e um compromisso genuíno para garantir que nenhuma criança seja deixada para trás em meio a essa crise.
Enquanto isso, os residentes de Mocímboa da
Praia vivem em constante medo devido ao mais recente raptos de crianças em
Mumu.
João Mussa, um pescador de 42 anos, relatou que "Nós já perdemos muito com esta guerra, e agora estão a levar os nossos filhos. As crianças não podem mais brincar livremente, e muitos pais têm medo de enviá-las para a escola. Sentimos que estamos abandonados."
Por sua vez, Amina Suleimane, uma mãe de 35
anos, expressa angústia perante a
situação "Eu não consigo dormir tranquila, pois tenho medo que levem os
meus filhos. Já vimos muitas famílias sofrerem, e ninguém nos protege. Só
queremos viver em paz e criar os nossos filhos sem medo." (Armando
António)

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