Quatro cidadãos baleados ao tentar obter carne de búfalo em Mecula

Quatro moradores do Bairro Quinto Congresso, na localidade de Mecula Sede, Província do Niassa, foram feridos por disparos de arma de fogo efetuados por um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM). O incidente, que chocou a comunidade, ocorreu no dia 18 de junho, quando os cidadãos tentavam colectar carne de um búfalo problemático que havia sido abatido no mesmo dia.

Segundo relatos das vítimas, Horácio Segredo e Adelaide António, foram atingidos por balas enquanto se aproximavam do local onde o búfalo foi abatido, com o intuito de obter porções da carne para o consumo familiar.

Mozanorte teve a oportunidade de ouvir Mateus Jafar, testemunha e faz parte da família de uma das vítimas, descreveu o momento em que o tiroteio ocorreu, explicando a situação que levou aos ferimentos.

"Havia um multidão de pessoas naquele local para obter a carne e o policial a querer ordenar, aliás afugentar agressão da carne andava disparar contra as pessoas ao invés de disparar para cima, daí que culminou ferimentos de quatro pessoas", afirmou Jafar.

Segundo o Director do Centro de Saúde de Mecula, Filipe João Elias, confirmou a entrada dos pacientes na unidade sanitária e detalhou o estado clínico dos mesmos. "Os pacientes deram entrada quando era 11:30 minutos com ferimentos de bala. Deste número dois pacientes estão com ferimentos ligeiros e localmente Estamos a prestar os cuidados necessários mas os outros serão ainda hoje transferidos para Hospital municipal de Marrupa porque contraíram ferimentos crítico para receber os cuidados médicos mais especializados", afirmou Elias

Por seu turno, Filipe Elias não deixou de apelar à população para que evite aproximar-se de locais onde não foram convidados, especialmente em situações de abate de animais selvagens.

Por sua vez, o Comandante Distrital da PRM em Mecula, Basílio Alexandre, admitiu que o incidente ocorreu devido a uma falha de negligência por parte de um membro da sua corporação. "Reconhecemos que houve um erro e que a situação foi causada por negligência de um dos nossos agentes", declarou Alexandre à nossa equipa de reportagem.

Basílio Alexandre finalizou informando que um processo interno já está em curso para apurar a responsabilidade do agente envolvido. "Estamos a conduzir um expediente interno para averiguar a culpa do agente da PRM e tomaremos as medidas cabíveis", garantiu o Comandante.

Este lamentável evento levanta questões sobre os procedimentos de segurança em situações de abate de animais selvagens e a actuação das forças de segurança na comunidade.

Ma Mataka

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