Cidadão se faz passar por agente do SERNIC para extorquir dinheiro ao primo

 


Um cidadão foi detido em Pemba, província de Cabo Delgado, por se fazer passar por agente do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e extorquir dinheiro ao próprio primo. 

O caso ocorreu no dia 25 de setembro, quando a vítima, que seguia numa viatura semicoletivo no trajeto Mueda–Pemba, foi abordada por um grupo de cinco indivíduos, todos se apresentando como agentes do SERNIC.

Segundo o porta-voz do SERNIC em Cabo Delgado, Arnélio Sola, os suspeitos alegaram ter um mandado de captura, algemaram a vítima e transferiram-na para outra viatura, uma Toyota Allion. 

O grupo conduziu o cidadão até ao cemitério de Chinapec, onde, sob tortura e ameaças, exigiram 82 mil meticais para sua libertação. A vítima, sem condições de pagar o valor total, acabou por transferir 18 mil meticais.

Após o crime, os indivíduos fugiram, mas dois foram capturados no dia seguinte, a 26 de setembro. 

Em interrogatório preliminar, confessaram a autoria do crime e revelaram os restantes membros da quadrilha. Mais dois cúmplices foram neutralizados nos dias seguintes, sendo que um dos detidos foi reconhecido como primo da vítima, o que ajudou na sua localização e prisão. Apenas um dos envolvidos continua em parte incerta.

Durante as investigações, a polícia confirmou que a viatura utilizada no crime pertencia ao familiar da vítima. Também foi possível recuperar o veículo e encaminhar o caso ao Ministério Público para os devidos trâmites legais. Nos depoimentos, os indiciados admitiram ter cometido o crime e detalharam como planearam a ação.

O SERNIC aproveitou o caso para apelar à população que, sempre que for abordada por supostos agentes, exija a devida identificação. Todos os agentes têm a obrigação de apresentar cartão ou distintivo visível, medida essencial para prevenir crimes cometidos por falsos representantes das autoridades. (Mozanorte)

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