Amélia Paulino, cadeirante de 22 anos de idade, residente no bairro de
Miralene, no Município de Chiúre, província de Cabo Delgado, norte de
Moçambique, com seus pais, é um dos muitos exemplos, em que foi supostamente
abusada pelo seu professor que em si não se interessou.
A jovem Amélia é duma família pobre, mas que fizeram com que, mesmo com a
deficiência de locomoção tivesse o privilégio de frequentar a escola, e assim
foi, pelo menos aquela jovem sabe escrever e ler.
Amélia viu os seus sonhos a se regredir, por ela se envolver com um senhor,
por sinal é professor de uma das escolas secundarias do Distrito de Chiúre, a
qual a jovem Amélia ficou grávida daquele indivíduo.
Aos três meses da gestação, o senhor professor disse que não podia assumir
a grávida da Amélia porque tinha medo da sua mulher, e ela não se confirmando
com aquela informação fez chegar aos seus pais, onde a família decidiu chamar o
tal homem.
No entanto, o assunto devia ser tratado ao nível familiar, mas o homem não
quis marcar a presença, e caso foi levado para a estrutura local, onde se fez a
notificação para o professor da escola secundária, mesmo assim não marcou
presença na estrutura do bairro e aqui, o assunto foi transferido para o
comando da PRM em Chiúre no sector de Atendimento a Mulher e Criança para pelo
menos o homem tratasse com dignidade aquela coitada jovem Amélia, mas mesmo
naquele gabinete o homem amostrou o mesmo comportamento, de não querer
sustentar aquela moça naquele período de gravidez.
Todos nós sabemos que uma mulher, quando está grávida precisa, pelo menos
de um sustento básico. O que a família queria, mas segundo os familiares a PRM
levou de ânimo leve e não só abriu-se um processo para a procuradoria.
Chegados na procuradoria com aquele processo simplesmente foi dito a jovem
Amélia para ir em casa e esperar dar parto, depois vir para depois ir-se
registar o bebé porque é o único direito que a procuradoria podia garantir para
o bebé que estava no ventre da Amélia.
Conformado a família, foi em casa esperar a Amélia nascer a criança, e em
meados do mês de Dezembro de 2024, Amélia deu parto, um menino, que até agora
tem um mês de vida.
Que desde o nascimento do bebé, o senhor professor ainda não chegou para
ver a criança, única coisa que a família sabe dizer é o nome que, quando Amélia
deu parto, os familiares ligaram para o homem que a engravidou para dar a
notícia da vinda do bebé ao mundo e pelo telefone foi enviado o nome da
criança.
Passado um mês desde que nasceu a criança a família voltou à procuradoria
distrital de Chiúre para informar que a criança já nasceu, o pessoal encontrado
simplesmente levou no telefone e ligou para tal homem e informar que podia vir
na procuradoria levar a criança ir registar, mas pela surpresa de todos o homem
negou e disse que não podia ser solicitado ao telefone, e ele tem razão.
Em Moçambique, para solicitar um funcionário ou agente do Estado
notifica-se a partir do seu sector, onde o funcionário ou agente do Estado será
chamado e entregue a notificação, o que supostamente não aconteceu naquela
instituição da justiça do distrito de Chiúre.
A jovem Amélia foi dito com aquele funcionário que podia ir em casa, vir no
dia seguinte para levar a notificação, porque a pessoa que trata assuntos de
notificação naquele dia não estava no escritório, estava fora a trabalhar.
A jovem Amélia que estava acompanhada com seu tio, acabaram voltando a casa, sem saber o que fazer com o bebé que precisa, de OMO, FRALDAS, que necessita muita coisa para além do consolo do pai.
O "Mozanorte" conversou com Amélia e disse não saber o que fazer
para aquele homem, porque já entrou todas portas da justiça mas nada se
resolve, e ela vai criar aquele bebé sozinha. Mas o que queria o pai fizesse?
Amélia disse que só queria que aquele homem reconhecesse e considerasse o
menino, que comprasse fraldas, sabões e outras necessidades para crianças. (Celestino Carlos)

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