Dia 6 de Fevereiro, dia negro
e de tristeza. Às 12 horas, a situação em Aúbe, distrito de Angoche, na
província de Nampula, norte de Moçambique foi completa e lamentavelmente de sangue. Perderam vida
pais, encarregados de educação, maridos, cunhados, tios, avós, namorados e
sobrinhos.
Imaginemos que em cada uma das
vitimas era responsável de sete a cinco de pessoas, sendo que Nampula a província
mais populosa de Moçambique. Chegamos a conclusão que mais pessoas irão passar
momentos difíceis, porque os seus principais provedores perderam a vida.
Um confronto entre
moçambicanos, de um lado, certos membros da população que se chamam de
Namparamas e do outro lado agentes da unidade especial da PRM, resultou em seis
(6) mortos e um (1) ferido do lado da UIR.
Isso aconteceu quando
inicialmente um grupo de Namparamas havia se reunido na quinta-feira, no
distrito de Larde, e de seguida deslocou-se para o posto administrativo de
Aúbe, onde foi recebido a tiros pelos agentes da Unidade de Intervenção Rápida
(UIR).
O objectivo do grupo ao se
deslocar até Aúbe, era esclarecer a situação da abertura das aulas e saber se o
presidente escolhido pelo povo havia dado a ordem para o início das aulas. Isso
se pode entende-se que a motivação esta relacionada com questões de violência pós-eleições
ou dos problemas que custo de vida que o pais atravessa?
Durante o trajecto, o grupo
recebeu uma mensagem enquanto atravessava a ponte que liga Muthuco e Aúbe,
informando que as forças armadas os aguardavam.
Apesar do aviso, o grupo
decidiu continuar. Ao chegarem em Aúbe, foram recebidos com tiros reais, que
atingiram os membros do grupo. As balas escorregavam pelos seus corpos, e foi
nesse momento que o comandante da UIR ordenou tiros dando início ao massacre. (AA)

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