Na semana passada, a
população da aldeia de Ntchinga, localizada no distrito de Muidumbe, norte de
Cabo Delgado, recusou um apoio humanitário oferecido por uma organização não-governamental,
mesmo estando a passar dias difíceis.
A decisão foi tomada após os
residentes considerarem que o processo de distribuição não era justo e não
abrangia todas as famílias de maneira igualitária.
De acordo com informações
locais, a principal reclamação foi o facto de que, ao contrário de
distribuições anteriores, em que várias pessoas de cada família podiam ser
beneficiadas, desta vez apenas uma pessoa por família estava apta a receber o
auxílio.
Esse critério gerou
insatisfação, pois muitos moradores acreditaram que a medida deixava algumas
famílias em desvantagem em relação a outras.
Em protesto, a comunidade de
Ntchinga decidiu que os responsáveis pela distribuição deveriam se retirar,
considerando a acção injusta e ineficiente para atender as necessidades de
todos os habitantes.
A situação revela a
crescente frustração da população, mesmo precisando de assistência humanitária
das ONGs e governo.
O incidente destaca a
complexidade dos esforços de ajuda em áreas afectadas pelo conflito, onde a
desconfiança e as diferenças nas expectativas podem gerar dificuldades
adicionais para a entrega de assistência.
No entanto, a organização
envolvida não se pronunciou oficialmente sobre a recusa e teve que se retirar
da região. Mozanorte
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