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O governo da província de Nampula está a investir cerca de 4 milhões de meticais na reabilitação da estrada que liga a vila-sede de Liúpo à cidade de Nampula. As obras começaram há duas semanas e estão a ser executadas de forma manual, conforme testemunham varias fontes.
Um grupo de trabalhadores parte
da vila de Liúpo em direcção a Nampula até à zona de Corrane, onde outro grupo
continua os trabalhos.
A reabilitação da via está a ser
feita sem recurso a maquinaria. Os trabalhadores utilizam apenas ferramentas
manuais como carrinhos de mão, catanas, pás, enxadas, machados e outros
instrumentos rudimentares, o que tem tornado o processo extremamente lento.
Esta situação tem levantado
várias questões por parte da população, sobretudo porque se trata de uma
estrada com muitos problemas estruturais, agravados durante a época chuvosa
especialmente nas pontes.
O início dos trabalhos estava
previsto para setembro do ano passado, com previsão de conclusão em setembro
deste ano. No entanto, o cronograma não foi cumprido, e até agora não há explicações
oficiais sobre os motivos do atraso. A estrada Liupo–Nampula é considerada uma
das piores da província.
Durante a época das chuvas, o trânsito torna-se praticamente impossível. A população e os comerciantes do distrito de Liúpo recorrem a motorizadas para se deslocarem ou transportar produtos entre Liúpo e a cidade de Nampula.
Apesar de o distrito de Liúpo
estar geograficamente próximo da cidade de Nampula, o mau estado da estrada faz
com que o trajecto se torne mais longo e difícil. Até ao momento, nem o governo
distrital de Liupo nem o governo provincial se pronunciaram sobre a razão pela
qual as obras estão a ser realizadas de forma manual, mesmo havendo verba
alocada para o projecto.
Segundo relatos dos próprios
trabalhadores, o trabalho é extremamente desafiante devido aos materiais
utilizados e ao tamanho dos buracos na estrada, o que dificulta o progresso.
Eles afirmam que, com o auxílio de máquinas, o processo seria muito mais
eficiente.
A distância entre Liúpo e Nampula
é de aproximadamente 180 km. Atualmente, o transporte é feito principalmente
por viaturas de caixa aberta, que cobram cerca de 700 meticais por pessoa. Já
os moto-taxistas cobram entre 1200 e 2500 meticais, dependendo da época.
Durante o período chuvoso, os carros deixam de circular devido às más condições
da via. (BP)
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