Salaue não quer promessas vazias da Dugongo cimentos

 


A pacata comunidade de Salaue, distrito de Ancuabe, onde a esperança sempre se renova com a chegada de mais uma empresa cheia de boas intenções, moradores voltaram a ouvir promessas sobre escolas, centros de saúde e infraestruturas básicas, pela empresa Dugongo Moçambique Cimentos.

Durante uma auscultação pública organizada pelo governo distrital, em parceria com a empresa Dugongo Moçambique (que pretende instalar uma fábrica de cimento na região), os residentes aproveitaram para lembrar que, até agora, o que se tem visto mais são discursos e menos tijolos.

"Já ouvimos essa música antes”, comentou com elegância a moradora Chiquina Basílio. "As empresas vêm, prometem muito… e depois saem de fininho. Só queremos que desta vez, as coisas aconteçam de verdade."

Entre as preocupações levantadas, além das obras nunca construídas, está o atraso no pagamento da mão-de-obra local. Os trabalhadores, que antes só sonhavam com empregos, agora sonham também com os salários pagos em dia, se possível.

Em resposta, o consultor ambiental da Dugongo, Amilcar Marimula, assegurou que a seleção de trabalhadores será feita com apoio da liderança comunitária, priorizando os próprios moradores de Salaue.

Promessa que foi bem recebida, mas anotada com lápis por precaução.

O Administrador Distrital de Ancuabe, Belmiro Casimiro, garantiu que irá acompanhar o processo de perto, e pediu aos residentes que mantenham os documentos organizados, para evitar confusões.

Com a futura fábrica de cimento em fase de planeamento, a população de Salaue se mantém entre a expectativa e a cautela. Afinal, esperança é boa, mas acompanhada de resultados concretos, fica ainda melhor. (Mozanorte)

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