A partir do ano passado (2024), muitas escolas do norte do país têm enfrentado várias situações de recaídas entre as raparigas, dia após dia. Desta vez, a situação ocorreu na Escola Secundária de Namialo, localizada no distrito de Meconta, na província de Nampula no norte de Mozambique.
No dia 6 de março de 2025, os populares invadiram a Escola Secundária de Namialo, onde vandalizaram e incendiaram o edifício. Este incidente teve início logo no começo do ano, e a situação tem preocupado a direção da escola e a comunidade local, deixando as alunas sem condições adequadas para estudar.
Segundo fontes locais, as recaídas das raparigas seriam causadas por manifestações de espíritos maus naquela área, uma vez que o local era, anteriormente, um cemitério. Devido à necessidade de uma escola secundária na zona, o governo do distrito se aproximou do secretário local, que cedeu o espaço para a construção da escola. No entanto, este terreno não pertencia ao secretário, mas a outro proprietário, que não foi consultado. O terreno foi vendido ao governo, e todas as tumbas presentes no local foram destruídas.
Após a construção da escola e seu início de funcionamento, o verdadeiro proprietário do terreno surgiu, alegando que o secretário havia abusado de seu poder, já que o terreno não lhe pertencia. Desde então, começaram a surgir os casos de recaídas das raparigas.
Em fevereiro de 2025, os populares deram uma oportunidade ao secretário para conversar com o proprietário e realizar uma cerimónia que pudesse aliviar os efeitos negativos da situação na escola. No entanto, o secretário não cumpriu o acordo e as recaídas continuaram.
A situação na escola se agravou ainda mais
a partir de segunda-feira (3 de março de 2025), afetando exclusivamente as
raparigas. No dia 6 de março, os populares decidiram vandalizar a escola,
uma ação que gerou grande descontentamento entre a população de Namialo. Este é
um problema reconhecido pelo governo distrital, mas nunca houve uma
manifestação oficial sobre o assunto. BP
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