Em Pemba pais e encarregados de educação revoltados com cobrança ilegal de contribuição para pagamento de guarda

 

Na cidade de Pemba, em Cabo Delgado, um clima de revolta e indignação paira entre os pais e encarregados de educação da escola anexa ao Instituto de Formação de Professores Alberto Joaquim Chipande.

O motivo? A exigência de uma contribuição monetária para custear os serviços de guarda da escola  uma cobrança que, segundo as próprias autoridades moçambicanas, é ilegal.

Fontes ouvidas pelo Mozanorte afirmam já não compreender o verdadeiro propósito da cobrança. “Não entendemos mais nada. O próprio Ministério da Educação foi claro: nenhuma escola pode exigir contribuições dos pais para pagar segurança. Isso não está na Lei!”, desabafou um dos encarregados.

O Mozanorte teve acesso ao documento de solicitação de pagamento, no qual a direção da escola orienta que a quantia 300 meticais por aluno seja depositada via bancária na conta número 141048477 da agência do banco millenium bim, sendo obrigatório apresentar o comprovativo do depósito. 

“Fiquei chocado com esse pedido. Tenho dois filhos nesta escola e de repente recebo essa exigência.

A Ministra da Educação disse que não se deve cobrar. Afinal, quem é que manda em Moçambique?”, questionou, visivelmente indignado, um dos pais entrevistados.

Esta cobrança contradiz frontalmente o comunicado oficial emitido pelo Ministério da Educação, que proíbe terminantemente qualquer forma de contribuição imposta aos pais para o pagamento de guardas escolares.

O caso está a gerar uma onda de inquietação e levanta sérias questões sobre o respeito às diretrizes do governo e os direitos dos cidadãos que muitas vezes dizem-se sufocados com as medidas de gestores da educação ao nível das escolas.

Os gestores da educação não comentaram sobre a polémica e ameaçam tomar medidas contra alunos cujos pais e encarregados de educação não colaborarem.(Celestino Carlos)

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