Banco Mundial financia melhoria de habitações em quatro municípios do norte de Moçambique

 

O Banco Mundial acaba de alocar 24 milhões de dólares norte-americanos para a primeira fase da componente “Melhoria Habitacional”, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique (PDUNM). Nacala-Porto e cidade de Nampula acolheram mais um momento de lançamento.

Esta fase inicial irá beneficiar os municípios de Nampula, Nacala, Pemba e Montepuez, com intervenções em bairros periféricos particularmente vulneráveis a fenómenos climáticos e carentes de infra-estruturas básicas.

O PDUNM, iniciado em 2022 com um financiamento inicial de 100 milhões de dólares e com conclusão prevista para 2026, foi recentemente prolongado até 2028, com um reforço adicional de 40 milhões.

A nova fase do projecto incide sobre a reabilitação e construção de habitações resilientes, contemplando a instalação de fundações, kits de pavimentos, estruturas de alvenaria, coberturas, portas, janelas e casas de banho com fossas sépticas e sistemas de reservatórios de água.

Salomão Cossa, técnico da componente habitacional, explicou que a selecção dos bairros teve em conta factores como a densidade populacional, o ordenamento territorial e o nível de vulnerabilidade das populações.

“Trata-se de uma iniciativa que vai além da simples construção de casas. Pretende-se ainda melhorar o acesso à água, à energia, estradas, unidades sanitárias e outros serviços básicos para o desenvolvimento urbano sustentável”, revelou.

 

A selecção dos beneficiários será feita com base em critérios previamente estabelecidos para assegurar a transparência. Comités locais, compostos por membros da comunidade e representantes da liderança local, serão responsáveis pela identificação dos agregados familiares mais necessitados. Para reforçar este processo, o projecto disponibiliza um sistema de queixas e reclamações acessível a todos os cidadãos, garantindo maior justiça e inclusão.

Na ocasião foi partilhado que um dos aspectos inovadores do PDUNM é a capacitação da mão-de-obra local. Em vez de recorrer a grandes empreiteiros, o projecto prevê a formação de cerca de quatro mil artesãos por município, entre carpinteiros, pedreiros e outros técnicos.

“Queremos promover a economia local, garantindo que os benefícios do projecto fiquem na própria comunidade”, destacou Cossa. A execução técnica estará a cargo do Fundo para o Fomento de Habitação (FFH), que coordena todas as actividades em articulação com os governos locais e parceiros estratégicos. Mozanorte

 



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