Uma reunião liderada pelo administrador distrital de Quissanga no dia 8 de setembro revelou os planos para a retoma definitiva das actividades administrativas no ditrito, após um longo período de instabilidade causado pela presença de homens armados na região.
Uma fonte disse que durante o encontro, o administrador destacou que, apesar das dificuldades e ameaças constantes por parte dos grupos armados, o governo local está determinado a garantir apoio total ao “patrão máximo” e a restabelecer todos os serviços públicos no distrito.
"Apesar das dificuldades e das ameaças dos homens armados, vamos garantir assistência ao nosso patrão em todos os setores”, afirmou o administrador, segundo a fonte.
Contudo, a proposta de retoma foi recebida com resistência por parte dos funcionários públicos. Muitos manifestaram o seu descontentamento com a decisão de se transferirem definitivamente para o distrito, deixando a cidade.
Segundo relatos, a decisão foi imposta, não deixando alternativas viáveis aos trabalhadores.
"Os funcionários manifestaram seu repúdio à ideia do chefe, mas não têm escolha. Vamos cumprir, mesmo que ninguém queira ficar na cidade”, declarou um dos presentes na reunião.
Desde o início de 2025, a população de Quissanga tem sobrevivido com apoio limitado, restrito aos serviços de saúde e segurança nacional, enfrentando grandes dificuldades no acesso a documentos e outros serviços essenciais. A agricultura e a pesca continuam sendo as principais fontes de subsistência, mesmo sob constantes ameaças dos homens armados.
Apesar disso, o administrador garantiu que já está disponível um meio de transporte para facilitar a deslocação dos funcionários para o distrito, no âmbito deste processo de retoma.
Actualmente, o distrito de Quissanga encontra-se relativamente calmo, com poucos relatos de circulação de grupos armados, o que tem animado a liderança local a acelerar o processo de normalização administrativa. (Seven Mussa)
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