Quando as autoridades policiais entraram pela primeira vez em Quinga, os líderes nomeados pelos manifestantes se retiraram, temendo serem detidos pelas forças policiais que haviam chegado ao local.
A população que permaneceu junto às autoridades sentia-se insegura; muitos moradores chegaram a passar noites escondidos nas matas, com medo de serem capturados por envolvimento nos atos de vandalismo ocorridos anteriormente.
Grande parte dos pescadores também estava ausente de Quinga, pois alguns integravam o grupo de manifestantes. No entanto, nos últimos dias, quase todos já retornaram, restando apenas o líder do grupo. Actualmente, não há mais receio quanto à presença policial.
Quinga, que antes era um local de difícil acesso e considerado instável,
começa a superar os problemas. A comunidade já voltou a praticar atividades
como o futebol, a pesca em qualquer horário, e até a receber visitas de amigos
vindos de outras regiões da província de Nampula e até de fora dela.
As autoridades policiais têm realizado uma ou duas palestras semanais de sensibilização, tanto para a comunidade quanto para acolher aqueles que estão regressando.
O posto policial, a secretaria do posto administrativo e outros sectores já
voltaram a funcionar plenamente. Os serviços de educação e saúde foram os
primeiros a ser restabelecidos. BP
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